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| foto: redes sociais |
Autoridades britânicas de saúde abriram investigação para apurar possíveis efeitos colaterais graves de medicamentos injetáveis usados no tratamento da obesidade e do diabetes, após centenas de relatos de problemas no pâncreas.
O alerta foi acionado após a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA) registrar quase 400 notificações de pancreatite aguda relacionadas ao uso de fármacos da classe GLP-1, que imitam a ação de hormônios capazes de controlar os níveis de glicose no sangue e reduzir o apetite.
A pancreatite aguda é uma inflamação súbita do pâncreas que, na maioria dos casos, exige internação. Entre os sintomas estão dor abdominal intensa, náuseas e febre. Embora as bulas desses medicamentos classifiquem a reação como “incomum” — afetando cerca de um a cada 100 pacientes —, alguns casos relatados foram fatais.
Os registros incluem ocorrências associadas a Mounjaro, Wegovy, Ozempic e liraglutida. Quase metade envolve a tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro. Desde o início de 2025, mais de um quarto das notificações foram registradas, sendo 22 ligadas à semaglutida (Ozempic e Wegovy) e 101 à tirzepatida.
De acordo com Alison Cave, diretora de segurança da MHRA, exames genéticos poderiam evitar quase um terço das reações adversas a medicamentos. O custo dessas complicações ao sistema público de saúde britânico (NHS) ultrapassa 2,2 bilhões de libras por ano, apenas em internações.
O levantamento faz parte do programa Yellow Card, que monitora reações adversas a medicamentos e dispositivos médicos no país. A investigação vai analisar se fatores genéticos aumentam o risco da doença. Pacientes e profissionais de saúde são incentivados a relatar qualquer caso suspeito.
FONTE: risco no pâncreas

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